quarta-feira, 30 de outubro de 2013

sem título

às vezes surge-nos uma fixação estética pela morte 
uma espécie de vórtice negro que puxa a pele dos poetas,

isso é razoável, a arte e a morte são os desígnios finais da humanidade,
um por desejo, outro por força da circunstância.

sem título

haja rios torrentes e folhas ao vento
caindo do outono vermelhas
e frio por dentro das almas
como ramos despidos de árvores
de braços estendidos.

são retratos de impressões dos tempos
que se tornam ecos
como outonos são passado no inverno
no verão futuro.