quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

- sem título -

uma pluma incandescente
sobre a pele e um desejo de sempre
um tecido macio no interior 
do teu corpo 
saliva 
sangue
odor a corpo e alma
de carne e osso 
intacto apenas o espaço vazio 
da escuridão entre os corpos
um dedo molhado nos lábios 
e um gemido com a cara 
na superfície da parede fria

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

sem título

esculpir o dorso de um cavalo
nas palmas da mão de um verso 
escrito a tinta da chuva
que cai no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio
e dá horas incandescentes
ah heróis do tempo antes da palavra
que da massa das estrelas já faziam poesia.