serei sempre o lado escuro
do meu desejo puro,
a face negra de uma libertação que imagino
uma emancipação límpida.
serei sempre aquém.
aqui e além, uma serpente virá mostrar-me o caminho,
morderei o pecado, sentir-lhe-ei o aroma doce de perfeição.
e da virtude sinto apenas os contornos longínquos.
coragem não é saber o caminho, é percorrê-lo.
por isso mesmo,
serei sempre aquém.
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