quinta-feira, 9 de julho de 2015

sem título

tudo era um sonho, ainda difuso, quando o ar da manhã entrou no quarto após ter pensado em tomar um café mas ter-me limitado a abrir a janela. não há corpos habituais nos meus lençóis nem odor na casa que é minha apesar de nada ter meu. a falta que me fazes hoje era-me absolutamente desconhecida ontem.
um naufrágio durante a noite desgrenhara-me até à alma. 
os raios do sol entravam ainda frescos pela janela aberta e o teu cabelo brilhava na cama mesmo ao meu lado. a realidade era afinal o sonho e eu não fui tomar café. 

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